sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Frio, muito vento e promessa de chuva pra noite toda.

Trabalho, nervosismo e preocupação a diminuir a cada dia.

UB40 vai tocar de graça no reveillon aqui. E nem vou.

Ir embora pra casa de carona e gorjeta inesperada de
€5 !!

Preciso de dias de folga, pra ir pra Coimbra ou dar um pulinho em Sevilha.

Vários planos para Junho e Julho.

Eita !!!!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fim de semana em Lisboa e AIESEC

Nesse último fim de semana, fui a Lisboa, participar de um evento da AIESEC Portugal chamado (National Reception Weekend), e além disso, fui conhecer a cidade, já que só conheci o trajeto entre o aeroporto e uma das estações de trem.
Assim que cheguei, peguei o metrô até a parte baixa e antiga da cidade. Assim que saí da estação, olhei pra cidade e disse: ah, finalmente estou na Europa!!! Visto que onde eu moro e estou agora, não parece merda nenhuma com Europa.

Uma cidade bem movimentada, com pessoas bonitas na rua (muitas mulheres bonitas =D) e carros, ônibus, bondinhos e tudo mais. A cada praça que se vê há um enorme monumento, retratando a história da cidade e de Portugal.





Na Praça do Comércio


Com 564 mil habitantes, não é difícil andar pela cidade. Há muita sinalização, e o sistema de ônibus coletivo é muito bom, e o de metrô, eficaz. A cidade é relativamente pequena, mas se vc incluir toda a grande Lisboa, com 2,8 milhões de habitantes
, vira um grande conglumerado urbano.

Dos lugares, o mais legal que eu cheguei a visitar é o Castelo de São Jorge. Fica numa das partes mais altas da cidade, onde se tem uma visão panorâmica incrível, e ve realmente como o castelo foi contruido e projetado contra a invasão do mesmo, e contra quem pudesse atacar Lisboa via mar.







Uma panoramica tirada do celular


Eu definitivamente quero voltar a Lisboa.

O evento da AIESEC foi muito legal. Conheci trainees de dezenas de países, e passeamos por Belém, onde eu pude comer o original pastel de Belém. Um espetáculo, como eles mesmo dizem. E vi monumentos muito famosos, incluindo o Monumento aos Descobrimentos, talvez o mais conhecido dos brasileiros.
E eu fui lá.

Bem é isso. Lisboa é do caralho, e até a próxima visita, que eu espero seja em breve.

No serviço, troca de departamento. Será que vai dar certo?
E o frio ta chegando.




segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Into the wild

Hoje, em um dos meus 2 dias de folga semanais, resolvi ficar em casa. Apesar de ter algumas coisas pra fazer, comida pra comprar, simplismente, resolvi ficar em casa. Toquei baixo, almocei, vi um pouco de TV, e voltei pro quarto, onde resolvi escutar música, ou ver alguma coisa. Dentre os filmes e shows que tenho no laptop, achei um filme, “Into The Wild (Na Natureza Selvagem)”, de 2007 e resolvi assistir. Lembro que quem me passou esse filme foi meu grande amigo Giuseppe, que passou e disse: Cara, esse filme quem fez a trilha sonora foi o Eddie Vedder, só com músicas dele.

Caralho, um dos melhores filmes que já assisti. Há muito tempo eu não ficava e me sentia tão dentro de um filme como esse. É a história de um garoto, totalmente infeliz com sua família e com o jeito que ela queria que ele seguisse a vida, e após a sua formatura resolveu sair pelo mundo, vivendo sem dinheiro e sem conforto nenhum, vivendo realmente a natureza e o mundo sem essas “coisas que a sociedade quer”. O filme é baseado numa história real e vale muito a pena ver. Não vou falar mais senão eu vou acabar contando o final do filme.

Eu me identifiquei muito com esse filme. Não que eu faria isso, de sair vivendo ao extremo, mas em algumas atitudes, eu bem que me vi ali, longe da família, e em algumas situações, por causa dos mesmos motivos. E o filme é narrado pela irmã do personagem. Quem me conhece bem, se é que alguém me conhece bem, após ver o filme pode talvez entender o que eu quero dizer.

No próximo fim de semana, vai ter um evento da AIESEC em Lisboa, o NRW (National Reception Weekend) e eu vou. Espero curtir bastante.

You know when you’re surrounded by people and you still feel like the loneliest guy in the world? I’ve been kinda feeling like that lately. I don’t blame people, only because we’re surfing at the same sea but in different waves, coz I know I’m responsible for that too. I made the choice to be here and to go through this, but I would swear it would be different. I just can’t wait till this traineeship is over, so I can travel and have some real fun and go back to Brazil, while I still can call it home.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Das coisas mais engraçadas que acontecem com brasileiros que chegam em Portugal, além da literalidade do entendimento deles, é a confusão em que se faz com os sotaques. Com o Cabral aqui, não foi diferente.

Acho que já perdi as contas de quantas vezes falaram comigo e eu não entendi nada. Outro dia meu chefe pediu pra eu trazer 2 melões (estou atualmente na cozinha) e eu apareci com 2 limões. Atender o telefone então, as vezes eu penso que tão falando búlgaro comigo. Outro dia, o telefone tocou e lá vai eu:

- Pastelaria (Pastelaria = confeitaria).

Do outro lado: blahonzganzsesfrodsman, faz o favor.

- Como ???

- Tu, tu, tu, tu, tu, tu.

 

Ai, entra a Dona Maria, coincidentemente uma goiana que trabalha comigo.

 

- Tiago, quem era no telefone?

- Não sei Dona Maria, não entendi nada.

- Mas tava querendo o que?

- Piorou Dona Maria, não entendi o que queria, e fui perguntar e desligou na minha cara.

E quantas vezes eu mandei meu chefe tirar a batata da boca pra falar, pq eu não entendia nada?

Grande parte das vezes eu fico preocupado que eles podem pensar que eu sou um retardado, pois eles falam pra eu fazer uma coisa, saem da sala, e eu fico lá parado, olhando pra um ponto fixo, raciocinando, e tentando lembrar e decifrar o que eles disseram, até eles voltarem e me ver lá parado, parecendo um altista.

Eles aqui consomem muita cultura brasileira. Assistem record internacional, assistem todas as novelas (passam umas 5 todo o dia) e escutam todas as merdas, incluindo os funks, ou seja eles estão acostumados a ouvir o português brasileiro. Agora, qual a importância de alguma coisa da cultura portuguesa pra nós? Nenhuma. Os telejornais deles são uma merda, a música, merda, novelas, merda, filmes, nem tem, e por ae vai. Eles são bons em pastelaria (vide acima). Sabem fazer doces, bolos, essas coisas de padaria. Daí que eu vi que a fama do português da padaria faz sentido, pois nisso eles são bons.

E sobre a literalidade do entendimento deles? No primeiro post eu contei a situação que se passou no taxi que peguei no aeroporto de Lisboa. Agora, ja vi outras aqui. Moram 2 portugueses aqui conosco. Uma vez, ao serem perguntados:

- Daniel, como se faz pra ir pra Portimão?

- Oras, vais a estação de autocarro*, vá na bilheteria e diz: um bilhete pra Portimão por favor.

* Autocarro = ônibus

E por ae vai....as piadas aqui viram verdade. Em Portugal, eu realmente me sinto dentro da piada.

 

Mais post sobre como se comunicar em Portugal, em breve.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Por que é tão difícil ter internet nesse país?

Não que seja literalmente difícil, mas na situação em que estou, as coisas não parecem andar. 

Internet móvel aqui é caro e com tráfego muito limitado. 

Terei que apelar pra uma internet desconhecida, que usa CDMA para a transmissão. E se não funcionar?

Isso tudo é porque já to de saco cheio de vir ao McDonalds onde, pelo menos aqui em Albufeira, 
é onde todos os pais levam as crianças para elas poderem gritar a vontade.

Enquanto isso, uma bela jovem Alemã (ou holandesa, a língua é indecifrável), digita em seu minúsculo "portátil" Acer, na minha frente.

E amanhã tem trabalho. Fôdas !!

Depois tem uma atualização sobre o vocabulário português, e sobre as aventuras dos estagiários brasileiros com relação a isso.

domingo, 9 de novembro de 2008

Lá se foi. Desde que eu fiz esse texto, algumas coisas mudaram.

Prometo fazer uma atualização amanhã ou depois, já que sempre nas minhas folgas, tenho muito o que fazer, e nem sempre sobra paciência para vir ao McDonalds postar. 

Idas ao McDonalds que aliás, espero eu, estão prestes a acabar.

Até em breve.

Capítulo atual: Portugal

Primeiro post.

Escrevi isso a vários dias, durante os primeiros de trabalho, numa noite onde não tinha nada o que fazer. Espero fazer isso constantemente, mostrando fotos e situações peculiares das minhas experiências mundo agora.

lá vai o texto:

Quarta Feira, 18:45

 

Embarco no A340-400 da Swiss, primeira fila da classe econômica, que me foi oferecido devido ao meu tamanho e devido a fila ter maior espaço pras pernas, topei na hora. Ao sentar, vejo que durante as 12 horas até Zurique, terei a magnífica compania de 2 crianças ao meu lado esquerdo. O vôo parte, e as crianças começam a chorar, pegar no meu braço, mexer na minha comida e na tela da minha cadeira. Difícil até ter sono numa situação dessas. Do meu lado direito, começo a conversar com um senhor suiço, um empresário casado com uma alagoana e que mora em Maceió. Conversamos sobre várias coisas, economia, sobre a vida de estagiário no exterior, sobre hotelaria na suiça, etc. Enquando ele conversava em alemão e em francês com os comissários de bordo, eu somente me arriscava no francês. “Jus d`orange, s`il vous plâit. Merci”. E assim o vôo segue, tento ver alguns filmes, escutar música, mas o desconforto era demais.

 

Quinta Feira, em algum lugar sobre a Europa...

 

No sistema de entretenimento do avião, havia a opção de ver a imagem de 2 câmeras: uma embaixo do avião e a outra no bico. Eu, claro, fiquei vendo isso por horas, principalmente quando passavamos por cima dos alpes franceses, todos  já com neve. Pensei: em julho vou pra lá, sem neve, claro.

Descemos, antes de sair do avião o aviso: estejam com o passaporte em mãos para verificação da polícia suiça. O senhor que eu conversei durante o vôo diz: devem ter suspeitado de alguém e querem pegar ele agora. Passei pelos policiais sem problemas, peguei o acelerador de partículas (um trem subterrãneo que liga os 2 terminais), e fui pro portão onde eu pegaria o vôo pra Lisboa. Aeroporto estranho, um silêncio, ninguém conversa com ninguém, não tem wifi nem nada.

 

Adiantando...

 

Cheguei em Lisboa, e já começa o show de pérolas. Ao sair no saguão, fui procurar uma loja pra comprar um cartão telefônico pra ligar pro Brasil, pra avisar que cheguei vivo. Na loja, pergunto para a funcionária:

- Bom dia, você tem cartões telefônicos para ligar pro exterior?

- Tu queres ligar pra onde?

- Preciso ligar pro Brasil e pro Algarve.

- Mas o Algarve é cá.

- Sim, eu sei, mas não posso ligar pra dentro do país com esse cartão?

- Pode.

- .... ?!?!...

 

Saio, tento achar uma rede wifi, não encontro, e fui pedir informação para chegar na estação de trem. Resolvi ir de taxi. Uma fila do caralho pra pegar taxi, nunca tinha visto isso. Enfim, chega minha hora, pego o taxi e digo:

- Estação Oriente, por favor.

O taxi sai...resolvo perguntar:

 

- A estação é fica longe daqui?

 

A resposta:

 

- INFELIZMENTE NÃO !!

 

Dei uma risadinha, por não saber o que dizer. Pensei: puta que pariu !! Ou esse cara é muito mal educado, ou essa é uma simples, pura e “ingênua” expressão da literal compreenssão das coisas portuguesas. Afinal, se a estação realmente não é longe mesmo, quem mandou perguntar? De certo que queria que ele respondesse:

- Não, a estação fica a 5 min daqui. Estou triste, pois queria que essa corrida fosse maior, pois assim eu ganharia mais dinheiro, e estou perdendo tempo com você, com essa corrida curta sendo que no aeroporto há dezenas de outros turistas querendo gastar mais dinheiro que você.

 

Mas que eu fiquei meio impressionado, eu fiquei.

 

Chegando na estação de trem, fui carinhosamente recebido com 2 pessoas me pedindo dinheiro pra inteirar pra comprar a passagem deles (Isso me lembra um outro país...).

 

Mas a viagem seguiu sem problemas até Faro, onde a AIESEC me recebeu, e dormi tranquilamente.

 

 

Quarta-feira, 22 de outubro

 

Bem, há uma semana do início do estágio, já estou um tanto stressado. Motivos pessoais e profissionais.  Há muita desorganização no hotel. Muitas pessoas mandam, o que gera uma desorganização um tanto grande. Onde eu trabalho, na Pastelaria (onde não se fazem pasteis, e sim doces, é a nossa confeitaria), os chefes precisam meter o dedo em tudo que os funcionários fazem. Tudo mesmo, o que gera muito stress, raiva e desmotivação. Ninguém pode ter iniciativa de fazer nada, tudo eles tem que dizer o que fazer. Não aparecemos na escala, ainda não assinamos o contrato, e não fazem idéia de quanto tempo passaremos em cada departamento. E ninguém nos procura pra fazer isso. A AIESEC daqui, apesar de serem pessoas maravilhosas, está ainda ausente perante essa situação. Mas, ando conversando com o VPX deles e com o hotel. Espero que tudo corra bem. O desespero financeiro é presente, falta dinheiro aqui para comprar as coisas, e nossa bolsa vai ser irrisória. E onde eu moro, não parece nem um pouco com Europa, e sim com um Brasil mais organizado. Pq de resto, gente estranha, assalto, mendigos, gente brigando no trânsito e até murissoca, tem aqui.

 

Hoje ta frio pra burro !!!